Por Mirian Oliveira
O intercâmbio é uma das ações existentes dentro Projeto Uma Terra e Duas Águas - P1+2, que agora está na segunda etapa: o acompanhamento dessas famílias que foram beneficiadas
Com sorrisos largos, foi assim
que ficou marcado o intercâmbio de trocas de experiências entre agricultores
familiares do município de Serrinha. O intercâmbio é uma das ações existentes dentro Projeto Uma Terra e Duas
Águas - P1+2 da Articulação no Semiárido Brasileiro - ASA, que agora está na segunda etapa: o
acompanhamento dessas famílias que foram beneficiadas.
O intercâmbio de experiências reuniu 26 agricultores das
comunidades do Alto Alegre, Tanque do Meio e Barra Grande.
Na parte da manhã, o agricultor e também experimentador Edson
de Jesus sua esposa Valmira, abriu as portas da sua propriedade para
compartilhar e trocar saberes com os demais presentes.
O casal possui uma cisterna-calçadão.
Ao redor da cisterna eles desenvolvem diversas atividades, como: plantio de
amendoins, cultivo de hortaliças, verduras, legumes, plantas medicinais,
plantas ornamentais, entre outras. Mas não é apenas essa atividade que eles
desenvolvem por lá, como destaca seu Edson.
‘’Recebi o caráter para galinhas, e
já fiz, mas vou aumentar, e tenho porcos também, crio de tudo.O que vejo que
dar to criando. Hoje a gente ta 50% melhor do que era. Plantamos tomates, teve
muito tomate aqui. Ganhei muito dinheiro. Receber visitas hoje aqui na minha
propriedade é uma honra, um orgulho. Estou aprendendo com eles e passando um
pouquinho do eu sei. Estou muito feliz, muito feliz’’.
Família construindo o canteiro econômico |
No período da tarde as famílias
seguiram para a propriedade da agricultora Maria Raimunda, onde ela também
possui uma cisterna calçadão e já produz, porém é carente de estrutura. Ela recebeu
o caráter produtivo para horta, mas não implantou completamente, daí pela
necessidade e também para que todos participassem da construção de um canteiro
econômico, foi construído um canteiro econômico ao redor da cisterna da dona
Maria Raimunda, onde todos passaram suas experiências e trocaram informações tanto
da construção como sobre cobertura morta e plantio. Feliz, tanto pela conquista
da tecnologia e agora por ter um canteiro feito de blocos, como ela queria,
dona Raimunda nos fala da importância de intercâmbios como este.
‘’Tudo ótimo. Um sonho realizando e
ter direito de conhecer um pouco mais. A troca de experiências é muito boa. E
pra mim esta sendo maravilhoso ver a multidão toda ajudando o outro, muito gostoso
mesmo. Vou plantar aqui para a minha família, sair do agrotóxico. Quero plantar
a alface, o coentro, cebolinha, pimentão, tomate, cebola, só para o consumo, e
não comprar. Intercambio foi muito
aproveitável, quero pelo menos tentar imitar algumas coisas que eu vi’’.
D.Raimunda exibindo frutos do seu quintal |
Durante a visita a horta e as demais
técnicas de convivência no semiárido, os agricultores/as puderam trocar
experiências e saberes sobre tipos de adubos, formas de irrigação, combate a
pragas, qual tipo de solo ideal para cada planta, além de levarem para casa
mudas de algumas culturas que não tinham nos seus quintais.