Por Daiane Almeida
O processo de formação que as famílias vivenciam durante os cursos do P1+2 fortalece os sonhos de quem deseja ampliar a produção de alimentos em suas casas. A cada conversa o interesse é despertado, a cada visita às propriedades de outros agricultores renasce a vontade de produzir com mais qualidade o próprio alimento, visando não apenas a comercialização, mas a segurança nutricional em primeiro lugar.
As famílias acompanhadas pela APAEB Serrinha, que participam do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), viram de perto na manhã do dia 1º de agosto a experiência de Denise Calçada, da Comunidade Intrude, em Serrinha. Ela e o irmão trabalham na produção de hortaliças e plantas ornamentais na propriedade da família. Denise comercializa para a merenda escolar, na feira, e em casa, onde os vizinhso estão sempre comprando. A atividade fez parte do curso de Sistema Simplificado Para Manejo de Água (SISMA).
“A gente não pára, comercializa para prefeitura, vende em casa, na feira, a gente tem que correr atrás do sonho. Quero que os meus filhos estudem, mais que não perca o foco da roça”, disse Denise.
Ela é mãe, cuida da casa e do trabalho na roça, e ainda ensina valores que acredita serem fundamentais para a formação dos seus filhos. “Eu digo aos meus filhos que o saber você pode ter os dois. Você pode ter um bom emprego sem deixar a raiz da terra. É bom ter estudo, mas não esquecer de onde a gente vem. Tem gente que vai para a cidade grande e esquece de onde vem”, ensina Denise.
Esse sentimento de amor pelo que faz contagiou quem ouviu Denise contar um pouco mais sobre a sua história e como sua mãe, já falecida, foi o seu maior exemplo de amor pelas flores e pelo trabalho na roça. Dona Mártires Silva de Jesus, que ouvia tudo com atenção sentiu de perto a força dessa história. “Importante né, cria na gente a vontade de fazer também. Depois que a gente vê cria aquela coragem, vontade de lutar. Gostei do clima, do trabalho maravilhoso dessa mulher [Denise], do cuidado que ela tem com a terra, de ajudar as pessoas a comer uma comida especial, natural, livre de doenças”, ressaltou Mártires, da Comunidade Cruzeiro, em Serrinha.
Embora no mesmo município, as diferenças de solo, as técnicas de irrigação utilizadas, chamaram logo a atenção do grupo. Toda Mariana de Sousa, que mora na Comunidade Contenda, também em Serrinha logo destaca que o seu solo é mais seco, por isso ela pretende ampliar a criação de galinhas. “Essa visita eu achei uma benção, eu fiquei muito feliz! Aqui é tudo diferente, o terreno é fofinho, o que planta aqui dá. Lá na minha comunidade a terra é seca. Eu crio galinha para o consumo da família, e agora eu quero criar mais ainda para vender”.
Os sonhos se confundem, pois o desejo de todos é o mesmo: ter água para produzir alimento e se manter no chão onde nasceu. Por isso as tecnologias sociais se somam ao esforço das famílias para contribuir para que este sonho se concretize.
“O meu sonho é aqui mesmo, cidade grande nunca gostei de ir. Só em caso de doença. Então eu sou muito feliz aqui onde eu moro e agora graças a Deus com essa tecnologia que tá chegando aí, a gente tá mais alegre. Com o que a gente ganhou [barreiro trincheira] já tá mudando a vida da gente. Quanto mais tecnologias a gente ganhar e quanto mais a gente tiver melhor, por que a gente tem uma coisa: vontade de trabalhar! A gente só tem é que agradecer!” encerra Denise, com vontade de ficar mais tempo contado sua história e ouvindo outras tantas, mas o dever de buscar os filhos na escola finaliza mais um momento de visitas em sua propriedade.
Visita à propriedade de Denise é parte prática do SISMA |
O processo de formação que as famílias vivenciam durante os cursos do P1+2 fortalece os sonhos de quem deseja ampliar a produção de alimentos em suas casas. A cada conversa o interesse é despertado, a cada visita às propriedades de outros agricultores renasce a vontade de produzir com mais qualidade o próprio alimento, visando não apenas a comercialização, mas a segurança nutricional em primeiro lugar.
As famílias acompanhadas pela APAEB Serrinha, que participam do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), viram de perto na manhã do dia 1º de agosto a experiência de Denise Calçada, da Comunidade Intrude, em Serrinha. Ela e o irmão trabalham na produção de hortaliças e plantas ornamentais na propriedade da família. Denise comercializa para a merenda escolar, na feira, e em casa, onde os vizinhso estão sempre comprando. A atividade fez parte do curso de Sistema Simplificado Para Manejo de Água (SISMA).
“A gente não pára, comercializa para prefeitura, vende em casa, na feira, a gente tem que correr atrás do sonho. Quero que os meus filhos estudem, mais que não perca o foco da roça”, disse Denise.
Denise conta sua história de vida aos visitante em baixo do cajueiro, lugar onde costuma se confraternizar com a família |
Ela é mãe, cuida da casa e do trabalho na roça, e ainda ensina valores que acredita serem fundamentais para a formação dos seus filhos. “Eu digo aos meus filhos que o saber você pode ter os dois. Você pode ter um bom emprego sem deixar a raiz da terra. É bom ter estudo, mas não esquecer de onde a gente vem. Tem gente que vai para a cidade grande e esquece de onde vem”, ensina Denise.
Esse sentimento de amor pelo que faz contagiou quem ouviu Denise contar um pouco mais sobre a sua história e como sua mãe, já falecida, foi o seu maior exemplo de amor pelas flores e pelo trabalho na roça. Dona Mártires Silva de Jesus, que ouvia tudo com atenção sentiu de perto a força dessa história. “Importante né, cria na gente a vontade de fazer também. Depois que a gente vê cria aquela coragem, vontade de lutar. Gostei do clima, do trabalho maravilhoso dessa mulher [Denise], do cuidado que ela tem com a terra, de ajudar as pessoas a comer uma comida especial, natural, livre de doenças”, ressaltou Mártires, da Comunidade Cruzeiro, em Serrinha.
Sistema de irrigação |
Os sonhos se confundem, pois o desejo de todos é o mesmo: ter água para produzir alimento e se manter no chão onde nasceu. Por isso as tecnologias sociais se somam ao esforço das famílias para contribuir para que este sonho se concretize.
O consórcio ajuda a economizar água |
Cultivo de cebolinha consorcida com flores |
“O meu sonho é aqui mesmo, cidade grande nunca gostei de ir. Só em caso de doença. Então eu sou muito feliz aqui onde eu moro e agora graças a Deus com essa tecnologia que tá chegando aí, a gente tá mais alegre. Com o que a gente ganhou [barreiro trincheira] já tá mudando a vida da gente. Quanto mais tecnologias a gente ganhar e quanto mais a gente tiver melhor, por que a gente tem uma coisa: vontade de trabalhar! A gente só tem é que agradecer!” encerra Denise, com vontade de ficar mais tempo contado sua história e ouvindo outras tantas, mas o dever de buscar os filhos na escola finaliza mais um momento de visitas em sua propriedade.