10 julho, 2012

“Com a cisterna é mais fácil enfrentar a seca”

Comissões Executivas de nove municípios participam de formação e analisam situação dos municípios durante a seca

Com a continuidade das ações dos Programas Uma Terra e Duas Águas (P1+2) e Um Milhão de Cisternas (P1MC), realizados pela APAEB de Serrinha e MOC respectivamente, o curso de formação com representantes das Comissões Executivas Municipais de Recursos Hídricos em Serrinha, que teve início ontem (05) se encerra na tarde de hoje (06).
Durante os dois dias e atividade, o grupo desenvolveu um debate acerca da convivência com o semiárido, levantando as principais demandas enfrentadas nos municípios e como a partir do papel desempenhado pelas comissões, estas podem contribuir para melhorar e enfrentar com ações de convivência a situação da seca, além de planejarem as atividades do projeto.

Também contribuindo com o debate, Luiza Trabuco, do Grupo Governamental de Segurança Alimentar do Estado, esteve presente com o objetivo de divulgar as ações do Comitê Estadual de Enfrentamento a Seca e conhecer a partir do olhar das comissões a realidade e as propostas por elas sugeridas. “ O governo tem buscado diálogo com a sociedade civil no sentido de levantar as propostas e apresentá-las ao Comitê”, afirmou Luiza Trabuco.

Das muitas propostas levantadas pelo grupo foram identificadas a necessidade de limpezas e ampliação de aguadas, perfuração de poços, construção de adutoras e continuidade das ações dos programas da ASA, P1MC e P1+2, dentre outras.

Este ano parte das comunidades rurais dos municípios de Capela do Alto Alegre, Pé de Serra, Serrinha, Teofilandia, Riachão do Jacuípe e Nova Fátima serão contemplados com tecnologias de capagem subterrânea, bomba d´água popular, tanque de pedra, barraginha e barreiro trincheira atratação e armazenamento de água da chuva como a cisterna-calçadão, cisterna de enxurrada, barrvés do P1+2, sendo um total 272 implementações.

Nos municípios de Valente, Retirolandia, Santaluz e Coité, o P1MC juntamente com as comissões, pedreiros e famílias irá construir 922 cisternas de consumo humano.


“Com a cisterna é mais fácil enfrentar a seca”- Segundo Terezinha Santos, membro da Comissão Executiva Municipal no município de Retirolândia, as famílias beneficiadas com a cisterna estão conseguindo passar pelo período da seca com mais facilidade, porém ela aponta dificuldades identificadas pelo grupo. “A burocracia no acesso ao crédito, a falta de iniciativas que facilitem a compra de alimentos para os animais, todas as famílias ainda não tem capacidade de armazenar água, por que para quem tem a cisterna o enfrentamento a seca foi mais fácil, pois as famílias que não tinham água, podiam adquirir e armazenar nas cisternas. As que não tinham sofreram um desgaste ainda maior. A nossa demanda é que a cisterna seja para todas as pessoas”, afirmou Terezinha Santos, que representa o Sindicato na comissão.

Ela conta também que as famílias conseguiram produzir para o consumo com a água da chuva guardada na cisterna-calçadão. “Houve famílias que conseguiram ter a água conservada da chuva, produzindo a partir da água da cisterna-calçadão. Eu mesma consegui, ainda essa semana eu colhi abóboras apesar da seca. Com a cisterna é mais fácil enfrentar a seca”, ressaltou.