por Arlene Freire
Histórias de perseverança e sucesso não faltaram na semana de intercâmbios realizada pela APAEB Serrinha, nos últimos dias 15, 16, 18 e 19, com agricultores (as) do Projeto Mais Água. Dois grupos de agricultores conheceram propriedades nos município de Serrinha, Riachão do Jacuípe, Caém e Jacobina e trocaram experiências sobre a produção de hortas econômicas, captação e armazenamento da água e muitas outras formas de conviver com o Semiárido.
Histórias de perseverança e sucesso não faltaram na semana de intercâmbios realizada pela APAEB Serrinha, nos últimos dias 15, 16, 18 e 19, com agricultores (as) do Projeto Mais Água. Dois grupos de agricultores conheceram propriedades nos município de Serrinha, Riachão do Jacuípe, Caém e Jacobina e trocaram experiências sobre a produção de hortas econômicas, captação e armazenamento da água e muitas outras formas de conviver com o Semiárido.
Na primeira visita, agricultores
dos municípios de Anguera e Ipecaetá, conheceram hortas econômicas, sistemas de
captação e armazenamento de água da chuva, produção de ração, para caprinos,
ovinos e aves, e várias técnicas desenvolvidas para tornar possível a
convivência com a estiagem, em Serrinha e Riachão do Jacuípe.
Na propriedade do agricultor
experimentador, Abelmanto Carneiro, os visitantes conheceram bombas d’água feitas
pelo próprio Abelmanto, um sistema de biodigestão, usado para produzir gás de
cozinha, além de diversas tecnologias usadas para armazenar água da chuva. Interessados
em levar novos conhecimentos para aplicar em suas propriedades, os visitantes prestavam
atenção a cada detalhe apresentado, perguntando a cada dúvida e compartilhando
suas próprias experiências.
Atentos, os agricultores prestam atenção em todos os detalhes |
O agricultor Antônio Gonçalves, da comunidade de Guaribas, município de Anguera, lembrou que alguns dias antes assistiu uma reportagem sobre a propriedade de Abelmanto e ficou muito feliz por conhecer pessoalmente o agricultor e suas experiências.
Empolgado com as novidades, Seu Antonio testa a bomba giratória, feita por Abelmanto |
No segundo intercâmbio, realizado nos dias 18 e 19, nos municípios de Caém e Jacobina, mais histórias de persistência e sucesso foram apresentadas aos agricultores dos municípios de Serra Preta, Ipirá, Feira de Santana e Tanquinho.
Na primeira parada em Caém,
os visitantes conheceram a família de Dona Maria Carolina da Silva Costa. Filha
de agricultores já falecidos, ela contou emocionada que seus pais sofreram
muito com a falta de água e hoje a família comemora a chegada das cisternas.
Ainda na comunidade de Caém,
os agricultores conheceram a história do casal Aparecido Calegari e Janete
Rodrigues, que depois de começarem a produzir hortaliças,
decidiram mudar de vida e investir na atividade.
Janete, que é agente de
saúde começou a mobilizar a comunidade, no intuito de fortalecer a associação
comunitária local. Eles contam que no começo haviam menos de dez associados e hoje
a associação conta com a presença de 80 sócios.
Satisfeito, Aparecido conta
que abandonou o emprego na cidade para se dedicar ao trabalho e que pretende
viver da agricultura familiar. Tudo o que é produzido na propriedade, é
comercializado nas feiras orgânicas dos municípios de Caém e Jacobina.
Na horta, Aparecido mostra aos visitantes a plantação de gengibre, almeirão, açafrão e um diversidade de plantas que cultiva e vende |
Outra propriedade visitada
foi a de Seu Givaldo de Jesus Silva, que sempre viveu da atividade agrícola.
Ele conta que a chegada da água é a realização de um sonho antigo.
A agricultora Maristela
Pereira, da comunidade de Caroá em Feira de Santana, diz que as ações do Mais Água estão contribuindo para a melhoria
de vida de muitas famílias, que agora tem como produzir seu próprio alimento. Contente
com o barreiro trincheira que recebeu, ela revela que tem planos de cultivar
muitas frutas e hortaliças.
No segundo dia de atividade,
os agricultores conheceram a Feira Orgânica de Jacobina e um pouco da
sua história. Os agricultores tiraram dúvidas sobre o processo de comercialização
e organização de grupos para a implantação da feira e as plantas cultivadas na
região. Eles também aproveitaram para comprar temperos e hortaliças que não
encontram em suas comunidades.