27 julho, 2011

Agricultores/as partilham experiências e reconhecem saber do outro

Com a metodologia de desenhos eles expressaram elementos que contribuem para a segurança alimentar
Um momento rico de experiências e também de aprendizados, foi assim que agricultores e agricultoras familiares definiram o Encontro Territorial do P1+2, que aconteceu nos dias 19 e 20 de julho e contou com representantes dos municípios de Retirolândia, Andaraí, Várzea da Roça, Baixa Grande e Mairi, município sede do evento.

Abordando o tema Segurança Alimentar e Nutricional, foi desenvolvido um debate que focou na compreensão do conceito e nas situações de insegurança alimentar, e a forma como cada município se relaciona com a alimentação. Assim como as tecnologias sociais de armazenamento de água da chuva contribuem com o processo nos territórios.

Na mesma linha de debate, foram levantadas questões referentes à estocagem de sementes e alimentos e mapeada a existência de bancos de sementes nos municípios presente. Subsidiando a discussão foi apresentada a experiência do Banco de Sementes, da Comunidade Canto, de Serrinha, que também foi mostrada através do uso do Boletim O Candeeiro, onde os participantes puderam conhecer um pouco mais sobre a sua criação e organização.

Jonaedson, conhecido como Pretinho, apresentando sua experiência de criação de galinhas
Os participantes também puderam falar das experiências que já desenvolvem. Jonaedson Silva Santos, de Retirolândia, mostrou as técnicas que usa para criação de galinha e produção de ração com plantas forrageiras, como a palma, o sisal e o milho.


Para Valdir Bastos, que recebeu a cisterna-calçadão em 2009, e que já produz o suficiente para o consumo e a comercialização, o debate sobre segurança alimentar trouxe contribuições. “O que mais me chamou atenção foi a segurança alimentar, a gente tem que se alimentar com qualidade e quantidade, com nutrientes. Foi muito marcante esse encontro principalmente porque eu já tou produzindo , hoje eu não só consumo,mas já vendo, entrego minhas hortaliças para um restaurante duas vezes na semana, é bom partilhar nos encontros, é muito rico, conhecer e aprender com a experiência do outro. Outra coisa que eu achei interessante foi o vídeo sobre os nossos direitos, é bom saber dessas coisas” ,afirmouValdir dos Santos Bastos

A perspectiva de transformação de vida, com ajuda das ações do programa foi ressaltada por Geovana Oliveira, de Itaguaçu 7, Andaraí . “Gostei do encontro, sempre que se juntam pessoas é bom, que todos se unem. A forma como esse programa vem ajudando as famílias, o objetivo de transformar as vidas é diferente dos outros. Agora quando vier a cisterna, não é só ter a cisterna, é chegar ao nosso objetivo de ter o que plantar, colher e garantir a alimentação de qualidade”, afirmou a jovem.