11 agosto, 2010

Famílias que conquistaram cisterna-calçadão falam da alegria de produzir

Agricultores e agricultoras dos municípios de Baixa Grande e Várzea da Roça, participaram no dia 09 de agosto do Encontro Comunitário de Avaliação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, no município de Baixa Grande.


As famílias trouxeram reflexões sobre a contribuição das tecnologias de armazenamento de água da chuva para a melhoria na produção de alimentos na propriedade. Durante a avaliação também foram levantados elementos que estão além das tecnologias e que também são importantes para sustentabilidade da propriedade.


Elieser Ribeiro, que foi contemplado com a cisterna-calçadão, afirma que já colhe os frutos dessa melhoria. “Tenho produzido de tudo um pouco desde que estou com a cisterna, faz um bom tempo que deixei de comprar hortaliças e verduras”. 

Não é somente Elieser que deixou de gastar dinheiro com a compra desses alimentos, a segundo agricultora Isabel de Oliveira, ela já se alimentado do que produziu com a água acumulada na cisterna. “Já estamos comendo tomate, abóbora, hortaliças, coentro, está tudo crescendo”, enfatiza a agricultora.Os próximos encontros acontecem nos dias 12 e 16 de agosto, respectivamente nos município de Araci e Boa Vista do Tupim.

Organização para comercialização - As famílias também discutiram as possibilidades de comercialização de seus produtos. Dilton Oliveira apresentou sua experiência de comercialização com Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). “Tenho experiência diretamente com CONAB, já vendi mel, aranja, aipim”, afirma o agricultor. 

Fabiano Santos também falou de sua experiência com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o processo para tentar inserir os produtos da agricultura familiar na Alimentação Escolar. “É o segundo ano que conseguimos vender o mel pelo PAA, além de outros produtos, nosso primeiro passo foi procurar uma nutricionista e ver o que pode ser adequado para alimentação escolar, ter também uma associação legalizada que represente o grupo, e buscar através do sindicato, secretárias de Agricultura e Educação”, disse o agricultor.

A Lei 11.947/09 determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na compra de produtos do agricultor familiar para a alimentação escolar, sendo uma das uma das alternativas de comercialização.